Vida: projeto inteligente ou acidente do acaso?
Embora não seja um defensor árduo da
teoria do design inteligente (TDI) e nem da teoria da evolução (TE), suspeito
que ambas possuam contribuições relevantes nas pesquisas da origem da vida. Sou
um defensor fervoroso da pesquisa científica livre de dogmas religiosos e
acadêmicos. Particularmente admito que as respostas mais concretas sobre a
origem da vida e do universo estão presentes na natureza física da realidade. Ou
seja, para mim não interessa qual teoria está certa ou errada, mas sim para
onde apontam as evidências presentes na estrutura da vida e do universo. As propriedades
e características da realidade assinalam claramente a existência de
inteligência cientificamente detectável.
O
vídeo acima não discute estas ideias profundamente, mas é útil para fomentar o
debate em torno de um tema tão relevante. O único aspecto que me preocupa tanto
nos defensores da TDI quanto nos defensores da TE é o aparente compromisso ideológico
que eles possuem e que colocam acima da própria ciência. A melhor forma de se
fazer ciência é não possuir nenhum compromisso ideológico prévio, pois este
certamente irá interferir nos resultados das pesquisas. Um cientista honesto não
pode fugir das evidências só porque elas contradizem suas expectativas. E é
nesse ponto que lamento profundamente. Boa parte da ciência que se produz hoje
está carregada de prisões ideológicas e de tendências subjetivas. Fabrica-se ciência
hoje visando confirmar um ponto de vista antecipado e não em busca da verdade
em si.
Enquanto
as ideologias forem priorizadas acima da verdade, o debate científico/acadêmico
será desonesto e dominado pelo establishment
vigente. A história da ciência mostra que sempre foi assim: a vaidade e
arrogância dos pesquisadores acabam sendo vencidas pela verdade. Infelizmente,
isso leva muito tempo. Vamos continuar torcendo por uma postura coerente por
parte da academia e pelo avanço honesto e digno da ciência.
Um abraço a todos.
Marconi
Comentários
Postar um comentário