Ocupação não é necessariamente produção!
É possível ser uma pessoa
produtiva e não ser tão ocupada, ao mesmo tempo, é possível ser uma pessoa
muito ocupada e pouco produtiva. Ocupação excessiva não significa
necessariamente produção, e produção não significa necessariamente ocupação em
demasia. Pode parecer contraditório, mas há farta base bíblica que sustenta
essa verdade. Os mais religiosos rejeitarão essa ideia rapidamente, mas o
paciente verá que estou certo!
A
relação entre ocupação e produtividade pode ser vista nas Palavras de Cristo: “E, orando, não
useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito
falar serão ouvidos.” (Mt 6.7). Ou seja, é possível falar muito e
orar pouco, ao mesmo tempo, é possível falar pouco e orar muito. Quem pensa que
orar é o mesmo que tagarelar está equivocado. A oração pode envolver palavras,
mas as palavras por si só podem passar longe da oração! Alguns pensam que orar
é o mesmo que encher linguiça diante de Deus, como se Ele não conhecesse nossas
necessidades antes da oração. O mesmo princípio se aplica à pregação e
ministração da Palavra de Deus. Já ouviu mensagens onde o pregador fala muito e
não diz quase nada? Em outros casos, já ouviu ministros falarem pouco e dizerem
muito?
Não é o volume de tarefas que
você desempenha e nem o volume de palavras que você pronuncia o importante, mas
a qualidade delas e a capacidade de produção. É possível dizer apenas uma
palavra e com apenas um gesto mudar a vida de uma pessoa pra sempre, mas também
é possível falar zilhões de palavras e não mudar a vida de ninguém. É possível
fazer ‘pouco’ e realizar
muito, mas também é possível fazer muito e realizar pouco. Veja por exemplo, o
caso de Pedro em At 2.14-41. Com apenas uma mensagem, quase 3 mil pessoas se
converteram. Este é um resultado extraordinário quando comparado com as poucas
palavras de Pedro. O diferencial nesta ocasião foi a unção do Espírito Santo. Um
homem falando inspirado por Deus atinge as necessidades fundamentais dos seus
ouvintes, já aqueles que falam por si mesmos não alimentam nada.
A
confusão entre ocupação e produtividade pode ser vista no exemplo de Marte e
Maria (Lc 10.38-42). Marta era uma pessoa muito atarefada e ocupada, Maria era
uma pessoa produtiva. Marta se preocupava com fazer, Maria se preocupava com o
ser. E o mais curioso é que Marta provavelmente estava preparando tudo para
Jesus, seu serviço estava direcionado a Cristo. Porém naquele momento Jesus não
queria trabalho, Ele buscava comunhão e instrução. Maria era produtiva e Marta
era ocupada. Produção está associada a conteúdo, ocupação está associada com
repetição. No Reino de Deus este conceito é muito apropriado.
Agora
veja o que diz Eclesiastes 10.10: “Se o ferro está embotado, e não se lhe afia o corte, é
preciso redobrar a força; mas a sabedoria resolve com bom êxito”.
Ora, é melhor passar um mês afiando o machado e cortar a árvore em um dia, do
que afiar o machado por um dia e levar meses para cortar uma árvore. O produtivo
se concentraria primeiro em afiar o machado, o atarefado iria logo cortar a
árvore mesmo com o ferro embotado! Essa sutil diferença caracteriza muito bem
dois tipos de pessoas e a utilidade deste conceito não se resume ao Reino de
Deus, mas aplica-se também à família, ao trabalho, aos estudos, etc.
O maior
exemplo de todos é o Senhor Jesus Cristo. O que Ele fez em 3 anos, marcou a
humanidade por toda eternidade. E olha que Ele foi um simples carpinteiro de um
povo que em sua época era dominado por Roma e não tinha nenhuma expressão no
cenário internacional! Ele é indubitavelmente a Pessoa mais produtiva de todos
os tempos! Investiu 30 anos na preparação e com apenas 3 anos de atuação, fez o
que ninguém jamais fará. Glórias ao Seu nome para sempre!
Um abraço a todos!
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