O analfabeto político







Bertold Brecht
O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.

        O alfabetismo político não se resume a saber votar. Não adianta reagir nas URNAS se não há candidatos e partidos comprometidos com a verdade, justiça e com o povo brasileiro. A estrutura do nosso país exige várias reformas: política, tributária, agrária, judiciária, etc. Portanto, os protestos nas RUAS são tão eficientes quanto os votos nas URNAS sim. A função do protesto não é fazer badernas, é vigiar o país e sempre que necessário, ir pras ruas mostrar nossa insatisfação. E para que as urnas sejam de fato instrumentos de mudança, só há uma saída: apresentarmos candidatos e partidos segundo nossas reivindicações! Não adianta afirmar que as urnas resolverão, pois se mudarmos os candidatos e partidos e eles também nos decepcionarem, devemos voltar pras RUAS e reagir nas URNAS novamente. Esse processo não tem fim! Quem acha que isso é estático, se engana. Cada um tem o seu papel: o protesto nas ruas, o voto nas urnas e o lançamento de novos partidos e candidatos. Isso deve se repetir indefinidamente, sempre que for necessário. ACORDA BRASIL!!! CHEGOU A HORA DE ACABAR COM O ANALFABETISMO POLÍTICO!!!


        Mesmo votando e reagindo nas urnas, não há uma garantia absoluta de que contemplaremos uma mudança na nação. Votar em pessoas honestas e justas não significa que elas não serão corrompidas pelo sistema. Ou seja, mesmo votando e elegendo candidatos honestos, ainda assim o povo deve permanecer ativamente vigilante, pois se nossos representantes se corromperem, a gente retoma o protesto e reage nas urnas. ISSO NÃO TEM FIM!!! O povo deve estar permanentemente vigiando seus representantes e em contato com a política. Por isso o protesto nunca será obsoleto. Por isso devemos deixar de ser analfabetos políticos! ESSE É O MOMENTO!!! Em 2014, teremos eleições, e nossos ilustríssimos candidatos já estão sabendo que há um povo pronto, organizado e capaz de reagir se for necessário. No próximo ano nosso protesto continua, mas dessa vez nas urnas! E ainda que o resultado das urnas não corresponda às nossas expectativas, a força do protesto deixa claro que pode ser tão eficiente quanto o voto!
        Já há no Brasil alguns movimentos que apontam para uma mudança de postura, por exemplo, o governo dos justos (clique aqui), o EXPOSED 2013 (clique aqui) e o ranking dos políticos (clique aqui). Há muitas outras que não menciono aqui, mas estas servem para exemplificar que o país está reagindo. Iniciativas similares precisam e devem ser alimentadas para ganhar força no país e vermos a mudança que tanto queríamos ver. Esse processo é longo e complexo, mas possível.
        Se protestos são inúteis, então vamos deixar a marcha pra Jesus de lado e quando um pastor fizer uma convocação nacional para irmos à Brasília, então não vamos mais. Se protestos não são úteis, então a igreja não pode querer protestar contra casamento gay e aborto, e nem a favor da liberdade religiosa e de expressão. Se protestos são tão inúteis, Martinho Lutero foi o pior protestante que já houve na história da igreja. ACORDA BRASIL, CHEGOU A HORA DA MUDANÇA!

Um abraço a todos!

Marconi

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