Marco Feliciano e o PT
O mais recente episódio no cenário político
brasileiro está mais uma vez relacionado com os evangélicos e esse caso não foi
acidental. O setor da engenharia social do PT está em guerra declarada com a igreja evangélica
brasileira, em particular, contra os pentecostais e neopentecostais. Porém,
essa guerra se dá no campo mais sutil e ardiloso já conhecido: o ideológico. É
sabido que o vírus mais mortal da humanidade chama-se ideia. Uma simples ideia sugerida e implantada sutilmente na
sociedade pode exercer uma influência descomunal.
A tática atual do PT foi abrir mão da CDHM (Comissão de Direitos Humanos e Minorias), uma comissão comanda por eles há anos. Essa estratégia não foi empregada apenas para camuflar a eleição de deputados condenados no mensalão. O principal objetivo do governo é arremessar a opinião pública brasileira contra os evangélicos (pentecostais e neopentecostais). O governo quer associar aos cristãos uma imagem obsoleta, retrógada, arcaica, racista, ultrapassada, fundamentalista, intolerante, etc. Ou seja, todos os termos que os ativistas gays já vêm usando e xingando os cristãos há muito, inclusive na CDHM.
O governo sabe muito bem que em poucos anos o
Brasil será a maior nação evangélica do mundo com mais de 100 milhões de
cristãos. Isso deixa qualquer um assustado, em particular, quando os 50 milhões
que já existem no país estão incomodando vários setores do governo. Neste
cenário, o método usado pelo PT foi quase perfeito! A CDHM durante anos promoveu a
causa gay e repentinamente e em função de acordos partidários, a CDHM caiu nas mãos do PSC. Aí veio o mais curioso: o presidente escolhido
pelo PSC foi Marco Feliciano. No passado, o pastor Marco Feliciano fez algumas declarações
altamente comprometedoras para um parlamentar, tanto na internet quanto em suas
pregações. Porém, elas foram feitas num período em que ele estava totalmente
desvinculado da vida pública e poderia ter sido feita por qualquer pessoa.
Sabendo dos enormes conflitos entre ativistas gays e evangélicos, o PT deu uma jogada de mestre e usou os dois ao seu
favor. Tanto os ativistas gays quanto Marco
Feliciano estão sendo usados como fantoches nesse episódio. A atenção da
imprensa se voltou por completo contra Marco
Feliciano que teve sua imagem altamente desgastada.
Acredito que no caso dele em particular, seria
mais prudente ter recusado a presidência da CDHM. Levando em consideração o
estado atual de tensão entre ativistas gays e evangélicos, uma outra figura
menos polêmica seria mais adequado. Contudo, uma vez aceito o desafio, é
possível mostrar para a nação brasileira que mesmo um pastor que tenha feito
algumas declarações inadequadas no passado pode fazer um excelente trabalho à
frente da CDHM. Para ser presidente desta
comissão não é necessário ter ganho o prêmio Nobel da Paz, não é nenhum desafio
assustador. Por outro lado, esta pode ser uma excelente oportunidade para deixar claro que no Brasil a
democracia prevalece e nenhuma ditadura gay deve determinar quem fica ou não na
presidência da CDHM.
A igreja evangélica brasileira deve ficar atenta.
Recentemente, a revista Forbes
publicou uma reportagem sobre os pastores mais ricos do Brasil. Entre os mencionados na
reportagem, só figuravam ícones pentecostais e neopentecostais. A proximidade
temporal entre a publicação desta reportagem e a eleição de Marco Feliciano não é acidental. Está em
andamento a execução de um plano silencioso visando desmoralizar os evangélicos
no Brasil. As eleições passadas deixaram claro pra toda nação brasileira que
qualquer partido ou candidato que ignorar o apoio dos evangélicos terá sérios
problemas. Essa dependência e a intensa oposição dos cristãos às mazelas do
governo tem conduzido o mesmo a uma postura mais agressiva. O PT não está nenhum pouco interessado numa relação de
dependência com os cristãos.
Neste cenário, o apóstolo
Paulo instruiu a igreja nos seguintes termos: Antes de tudo, pois, exorto que se use a
prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos
os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de
autoridade, para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e
respeito. Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja
que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade
(I Tm 2.1-4). Uma vida tranquila e mansa com toda piedade e respeito requer
segurança, democracia, abundante geração de emprego, educação de qualidade,
saúde pública de qualidade, infraestrutura, lazer, justiça social, etc. Nesse
aspecto a igreja pode influenciar votando e orando. O resultado de nossas
orações é extremamente benéfico. Lamentavelmente pouquíssimas igrejas possuem o
hábito e o compromisso de interceder pelo país. Nossa influência deve ser exercida pelo voto e
pelas orações. O confronto direto nem sempre é aconselhável. Devemos lembrar que
nossa cidadania celestial não cancela e não anula a terrena e vice-versa. Ambas
devem ser exercidas com maturidade, responsabilidade e equilíbrio.
Para não ser vítima de
ataques do governo, o povo brasileiro e evangélico precisa deixar de ser
analfabeto político. Precisamos de fundamento sólido no aspecto espiritual e
político que sirva para orientar todos. Os eventos envolvendo a igreja e o
governo brasileiro estão longe de acabar. Contudo, temos do lado da igreja a
garantia inquestionável da vitória dada pelo Senhor Jesus: edificarei a minha igreja, e as portas do
inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16.18).
Um abraço a todos.
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