Um tributo à liberdade

Segundo o poeta:

“Liberdade! Entre tantos que te trazem na boca sem te sentirem no coração, eu posso dar testemunho da tua identidade, definir a expressão do teu nome, vingar a pureza do teu evangelho; porque no fundo de minha consciência eu te vejo incessantemente como estrela no fundo escuro do espaço. Nunca te desconheci, nem te trairei nunca, porque a natureza impregnou dos teus elementos a substancia do meu ser.” 

(Rui Barbosa, Conferência na Bahia, em 1897, na Estante Clássica, vol. I pp. 71,72. Fonte: http://www.recantodasletras.com.br/discursos/661820)

Somente em Cristo:
Jo 8.32: “...e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”

Jo 8.36: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.”


Não podemos confundi-la com libertinagem:
“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor.” (Gl 5.13)

“Vede, porém, que esta vossa liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para os fracos.” (I Co 8.9)

“... como livres que sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo como servos de Deus.” (I Pe 2.16)


Não deve ser usurpado o direito do irmão ser livre:
“Não sou eu, porventura, livre? Não sou apóstolo? Não vi Jesus, nosso Senhor? Acaso, não sois fruto do meu trabalho no Senhor?” (I Co 9.1)

“... Pois por que há de ser julgada a minha liberdade pela consciência alheia?” (I Co 10.29)

“E isto por causa dos falsos irmãos que se entremeteram com o fim de espreitar a nossa liberdade que temos em Cristo Jesus e reduzir-nos à escravidão; aos quais nem ainda por uma hora nos submetemos, para que a verdade do evangelho permanecesse entre vós.” (Gl 2.4,5)

“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão.” (Gl 5.1)


Faz parte da natureza de Deus:
“Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.” (II Co 3.17)


É considerada parte integrante da perfeição da lei:
“Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar.” (Tg 1.25)


Abrir mão dela só se for para fazer a vontade de Deus:
“Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível.” (I Co 9.19)


Temos um alto grau de parentesco com ela:
“E, assim, irmãos, somos filhos não da escrava, e sim da livre.” (Gl 4.31)


É fundamental no serviço cristão:
“Porque eles, testemunho eu, na medida de suas posses e mesmo acima delas, se mostraram voluntários...” (II Co 8.3)

“... nada, porém, quis fazer sem o teu consentimento, para que a tua bondade não venha a ser como que por obrigação, mas de livre vontade.” (Fm v. 14)

“... pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade...” (I Pe 5.2)





É preciso considerar que o Senhor Jesus não nos tirou de uma prisão para colocar-nos em outra. Fomos livres do pecado, da morte, da doença, da miséria e de Satanás e também das garras da religião! Contabilizando todos os textos do Novo Testamento que falam sobre a liberdade que temos em Cristo, torna-se injustificável as práticas exageradamente autoritárias de muitos líderes cristãos da modernidade. Muitos agem assim não apenas com receio de perder o cargo que conquistaram, mas também por que reproduzem cegamente um modelo que lhes foi ensinado.

Da mesma forma que liberdade não é libertinagem, compromisso não é escravidão. Tratar a igreja com disciplina equilibrada é diferente de tratá-la com opressão. Lamentavelmente diversos líderes de hoje submetem a igreja a uma atmosfera desnecessária de jugo e fardo pesado. Esse comportamento se perpetua devido a um fato muito simples: os homens se julgam inquestionáveis e qualquer forma de raciocínio diferente é instantaneamente classificada como rebelião. Como as pessoas não reagem e continuam facilmente manipuláveis, muitos líderes acabam migrando de uma liderança saudável para uma tirania exagerada. Muitos deles não têm culpa por que agem motivados ou pelo medo de serem vítimas de rebelião ou por não possuírem referenciais nobres nos quais podem se espelhar. Assim eles acabam rotulando indiscriminadamente muitas pessoas que ficam sem chance de defesa. Se de um lado os realmente rebeldes sofrem punições severas da parte de Deus (Nm 12.1-16; 16.1-50; II Sm 15-18), os tiranos também terão sua hora (Ez 34).

Para evitar ambos os desastres devemos seguir as recomendações bíblicas sem exageros. A palavra central que define o sucesso de qualquer pessoa é EQUILÍBRIO (Ec 7.16-18)!!!

Um abraço a todos.

Marconi

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